6 de maio de 2013

Saiu da Pilha (perdi as contas #05)

O Lobo e a Pomba - Katheen E. Woodiwiss
Inglaterra, 1066.
Liberadas por Guilherme, o Conquistador, as forças normandas invadem o território saxão. Erland, lorde de Darkenwald, perde a vida defendendo as suas terras e servos.
Após o assassinato do pai pelo exército inimigo, a jovem Aislinn e sua mãe são transformadas em escravas pelo cruel Ragnor de Marte.
Impotente, ela assiste á destruição de tudo o que lhe é precioso e quando sir Wulfgar chega para assumir a posição de novo senhor de Darkenwald, o ódio de Aislinn pelos invasores se torna ainda maior. Indiferente apo desprezo dela, o normando decide tomá-la para si, e logo a jovem descobre quer seu maior inimigo pode ser o próprio coração.

“Nota Pessoal”

Eu já tinha ouvido falar desse livro, mas por ser uma daquelas edições que só encontrarmos (e com muita sorte) no sebo, nunca consegui ler, até que a editora BestBolso, resolveu relançar, eu, sinceramente, não gosto muitos dessas edições, mas como são livros que provavelmente não vou conseguir de outra forma, comprei …

Logo no início da história dá pra ver que Aislinn não é daquelas mocinhas que ficam chorando pelo leite derramado, muito ao contrário, ela dá a volta por cima e tenta tirar algum proveito das péssimas situações há que é exposta. E falo logo que são muitas, o sofrimento de ver seu entes queridos, além de seu próprio pai mortos é sem dúvida indescritível  mas com valentia e sua língua ferina, ela consegue ir levando a vida, antes senhora, agora criada no novo lorde da propriedade, sua maior preocupação, além de tentar se safar de todos os lordes que a querem, é a sua mãe que ficou muito traumatizada e não aceita a condição de criada do seu próprio castelo (e ela apronta muito no livro).
Wulfgar é um dos homens de confiança do rei e por isso e muitas lutas ao seu lado se torna senhor das terras de Aislinn, e por consequência dela, mas o que para ele era apenas mais um batalha conquistada acaba se tornando o maior desafio de sua vida ... Apesar de não acreditar e nem querer amor, ele se depara com uma megera pequena de cabelos vermelhos que o enfeitiça e ao poucos vai tomando conta do seu coração, a ponto dele não pensar em mais nada, porém não se engane achando que foi fácil, ele a trata com muita reserva e frieza até que o momento da redenção chegue... Amooooooo isso nos clássicos e não poderia faltar um vilão, poderia... E claro que não e neste caso ele é Ragnor que enlouquece de desejo por Aislinn e a violenta logo de cara, antes de Wulfgar aparecer na história, pois foi Ragnor que invadiu e matou o pai de Aislin (um canalha bonitão da pior marca) e que faz e acontece pelo desprezo e frustração que sente por Wulfgar ser bastardo e ser seu senhor, além de possuir o que mais Ragnor deseja: A bela Aislinn, que por sua vez, o odeia mais que tudo no mundo e não faz questão de esconder isso.
Amo os conflitos, as traições e sentimentos escondidos que lemos nos históricos, acho o amor tão mais verdadeiro e forte nesses livros do que nos contemporâneos.
Adianto que o que mais me frustrou no livro acaba se revelando um mistério, quando li não acreditei e me senti muito mais aliviada, era como se tivessem tirado um peso de mim, pois eu sempre voltava a isso (não posso falar o que é, ou vocês vão matar logo o mistério), mas tenho certeza que para muitos leitores será da mesma forma.
Um clássico que merece ser chamado de clássico, para os amantes dos romances históricos e de fatos que marcaram a história é uma ótima pedida.
Capa original

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