31 de janeiro de 2013

Saiu da Pilha ... (perdi as contas).

Casamento de Conveniência - Georgette  Heyer.
Quando o conde de Rule pede a mão de Elizabeth Winwood, não sabe o problema que causará à bela jovem.  Ela está comprometida com o admirável,  mas  pobre tenente Heron. O final infeliz para essa história só pode ser impedido pela impetuosidade da irmã mais nova de Elizabeth, Horatia, que se oferece para casar com lorde Rule. Numa revolução literária para a época, o casamento aqui não é visto como o final feliz para a história, mas como seu ponto de partida, o mote a partir do qual a trama se desenvolve. 

"Nota Pessoal"

Esse livro eu comprei na bienal de São Paulo e foi o primeiro que eu trouxe de lá que consegui ler até agora (srsrs) culpa de muitos outros que estão na frente, eu amo romances históricos e a autora me chamou a atenção por vários motivos; primeiro que é um livro que foi escrito em 1934 (eu nem sonhava em nascer nessa época  kkk) a Georgette foi uma visionária minha gente, e consegue passar isso neste livro, onde a mocinha não tem de "baixar a cabeça" como sabemos muito bem que era nessa época, já que as mulheres eram mais vistas  como um "objeto de decoração" do que com uma pessoa, ela também tem a fama de ser uma autora cômica (pude comprovar por mim mesma) por essas e outras acabei passando esse livro na frente de vários outros que tenho, mas a bem da verdade é que não sei se gostei ou não desse livro (sim, coisa de louca mesmo) kkkkk.

Vou explicar, o livro é mais uma comédia que um romance propriamente dito, amei os diálogos rápidos e inteligentes, principalmente do Conde Rule com seu pérfido primo, esse não falta papas na língua, e com uma elegância refinada típica dos romances de época, mas sem perder a piada sabe :D

 "Conde Rules em um dos seus momentos inspiradores"

--- Acho que deve me explicar tudo --- disse ele. 
--- Parece que estou mais lerdo do que o normal esta amanhã.


Horry foi à casa do conde na maior "cara de pau" e se ofereceu para se casar com ele no lugar da irmã, tá que ela usou uma palavra um pouquinho pesada pra explicar a  situação, uma vez que sua família estava na miséria e como o conde era deveras rico, uma das Winwood teria de se casar com ele, que com isso ganharia mais um nome de respeito em sua família e como já era chegada a hora de se casar, Marcus (olha o nome aí de novo, estou sendo perseguida por Marcus esses últimos dias) resolve que pode ser com a intrépida senhorita Winwood. 
--- Entendo ---concordou Rule. --- Você será o sacrífico.--- Não vai ter importância para o senhor, vai ? Ex-exceto que não sou nenhuma beldade, como Li-Lizzie. Mas tenho o nariz, senhor.
 Rules examinou o nariz.--- Sem dúvida, tem o nariz --- disse ele.
Horatia parecia determinada confessar suas imperfeições. 
--- E talvez se acostume com as minhas so-sorancelhas ...? 
O sorisso moveu-se furtivamente por trás dos olhos de Rule.
--- Acho que sem dificuldades.
--- Elas não vão arquear, sabe? --- disse com tristeza. 
--- E preciso co-contar que aban-donamos a esperança de que eu cresça mais.
--- Seria realmente uma pena se crescesse--- disse o conde. 
--- A-acha mesmo: --- surpreendeu-se Horatia. --- É uma gran-grande aflição para mim, po-pode estar cer-certo. --- Respirou fundo e acrescentou com dificuldade: 
--- De-deve ter no-notado que sou um po-pouco ... gaga.
--- Sim, notei --- respondeu com delicadeza. 

Um pouco gaga? Gente ela é fofa viu (e super modesta, pois é muito gaga viu kkkkkk) a Horry é muito maluquinha, mas super graciosa e engraçada. Claro que ela tem de ter seus momentos de "retardatisse"  e foi em vários momentos, não só os que perdeu por deixar de estar com o Marcus que demonstrou - do seu jeito - que queria ficar com ela, tá que do jeito dele é meio esquisito também, mas mesmo assim ela foi ingênua em acreditar em tudo o que falavam pra ela, sem contar que era uma viciada em jogos de cartas (aff nunca vi uma mocinha gostar tanto desses jogos de azar) dessa parte não gostei, pois isso acaba colocando-a em diversos apuros, e se não fosse pela intervenção do conde Rules, ela com certeza seria uma excluída em pouco tempo, pois besteira é o que  ela mais faz, em grande parte do livro.
Após ser salva de uma série de infortúnios pela marido, ela começa ver que não quer ficar longe dele, mas como não poderia deixar se ser, tem algumas pessoas que não os querem juntos, além de uma ex-amante frustrada, temos um ex-caça-dotes que quer se vingar do Conde ... E por aí vocês já podem imaginar a teia de intrigas que os dois tem de ultrapassar... falei do primo que quer ver o conde bem guardado de sete palmos do chão a todo custo...? Esse é um caso à parte com suas roupas mais parecendo uma atração do circo de Soleil (srsrsrs) ri horrores com eles.

O livro é isso ... Muito engraçado... Mas, com pouco romance, isso eu senti falta... Porém, vale à pena ler se você gosta de cenas engraçadas e personagens que cativam por suas loucuras.

Capa original

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